Desert Safari em Dubai

Ir a Dubai e não fazer o Desert Safari é imperdoável!

Já li comentários de pessoas que não curtiram muito ou que esperavam outra coisa do passeio, mas eu - e tantas outros milhares de turistas - adoraram essa experiência. Vou relatar a minha aqui com os pós e contras do passeio.

Meu marido que agendou com agência Arabian Adventures. No dia e hora marcados, fomos para o Shangri-la Hotel (que fica na Sheikh Zayed Road - perto de onde estavamos na época) e pontualmente o guia chegou com o jipe.

Ele se apresenta, bem como os seus mais novos companheiros de safari! No nosso jipe foram 6 pessoas: eu, meu marido e uma família com o pai, mãe e dois filhos. Até chegar ao deserto mesmo, você passa um tempo razoável dentro do carro e enquanto isso o guia puxa assunto, as pessoas conversam e regras são passadas para você seguir durante todo o passeio.

Após passar a "Dubai moderna", entramos numa espécie de auto-estrada e o curioso era ver o jipe literalmente cruzando o deserto. Era a larga estrada cortando o meio do deserto, você olha para o lado direito e só vê areiaaaaa; olha para o esquerdo e vê mais uma infinidade de areia! O que separa o deserto da via é somente uma grade de ferro, a qual não impede que a areia invada o espaço dos carros - ou seria os carros que invadiram o espaço do deserto?

Entramos em uma área considerada uma reserva natural quando desviamos para uma rua. Mais um pouquinho nesse caminho e pronto: chegamos na porta de entrada do deserto. Lá, estava uma caravana de jipes reunidos! Tudo da mesma agência.

Eles param um pouco para conferir todo o carro, olham motor e tudo mais e começam a esvaziar um pouco os pneus. Entramos no deserto propriamente dito com aquela fila indiana de jipes.

Mais uma parada para os turistas caminharem um pouco e assim você começa a sentir toda a energia que aquele lugar te proporcionará. Alguns camelos - "funcionários" da agência - estão por lá para te recepcionar, dar boas vindas e você pode tirar fotos com eles.

O problema é que TODO mundo quer fazer isso e fica um pouco enjoado esperar. Fora que sempre tem um sem educação que fura a fila na maior cara de pau e segue como se nada tivesse acontecido. Mas se isso acontecer: ignore e siga o seu caminho feliz.

Essa paradinha é proposital para que os guias-motoristas esvaziem mais os pneus e comecem a se organizar para sair com todo o grupo.

Sinceramente, não consigui entender como que eles não se perdem por aquele deserto. Vi pouquíssimas marcações nas areias para orientá-los, mas o guia comentou comigo que por causa do vento, esses pontos somem da visão deles. Acredito que eles andem em grupo também por isso.

O passeio começa mesmo quando retormamos para os jipes e começa a "operação segura e equilibra": as dunas fazem com que o carro jogue seu corpo de um lado para o outro, você tenta segurar e não consegue porque a inclinação é mais forte que você! Eu não me aguentei e comecei a ir... me senti um bonecão do posto indo pra um lado e para o outro do carro enquanto eu me esforçava - inutilmente - para me segurar.

Se você tiver sorte, o guia vai ser show de bola como o nosso foi e vai perguntar se queremos ir um pouco mais rápido. Se todos dentro do carro toparem, ai sim o passeio vem com adrenalina de brinde. Apesar de termos duas pessoas com mais idade em nosso jipe, eles toparam numa boa a aventura! O motorista ainda ligou um rádio que deu todo o clima ao passeio.

O contra? Eu, particularmente, não curti muito o esquema do jipe. São 7 lugares: o motorista, o carona, no banco de trás cabem mais três pessoas e lá no fundão cabem mais duas. Eu defino esse fundão como uma espécie de mala! Você não vai muito bem sentado, as pernas não esticam direito como acontece com os bancos da frente. Ali, o carro chacoalha bem mais do que o normal e não existe um ponto de equilíbrio. Eu tenho problemas nos dois joelhos e ficar naquela posição por longos minutos era a morte para mim!

O bom? O guia obrigava gentilmente um revezamento, mas como os pais já tinham uma certa idade, nós só mudavamos de lugar com os dois filhos deles: o que estava perfeito para mim! Era um alívio enorme ficar sentadinha com mais espaços para minhas pernas e conseguir colocar meus joelhos numa posição que doessem menos.

Caso você tenha algum problema como eu tenho, basta você convesar com o guia. Eles são simpáticos demais. Eu preferi passar por essa nova experiência! rs

Comparação: já fiz o passeio das dunas em um bugre em Natal (Nordeste do Brasil) e posso dizer que há diferenças! Eu fui para o safari de Dubai achando que encontraria semelhantes com o do Brasil, mas não foi isso que vivi. As dunas do Emirado são menores e uma muito próxima da outra, o que dificulta obter velocidades mais altas e descidas mais eletrizantes em "penhascos" de areia. Nada se compara a descida nas dunas de Natal, dentro de um bugre, sentir o vento no rosto e sair gritando com o friozinho na barriga!

As dunas de Dubai tem seu valor também porque são bem diferentes daquelas que eu conhecia e proporcionam um programa legal, ainda mais quando o jipe vai escorregando de ladinho e parece que vai sumir no meio do deserto!

Vou ser muito sincera: para dirigir ali tem que ser muito motorista porque é complicado demais. Os carros vão literalmente numa fila indiana com uma distância segura entre um e outro. Algumas vezes precisam esperar o da frente conseguir velocidade para desatolar da areia, outros carros não aguentam e param por motivos mecânicos (areia entrou onde não devia) e por vai. Na nossa excursão, somente um carro parou e logo chegou outro para resgatá-los!

Depois de muito camelar em 4x4, outra paradinha básica. Meu estômago agradeceu porque já estava a sentir um enjôo chegando de tanto sobe e desce e chacoalha! Como uma miragem, caixas surgem com água, refrigerantes de todos os tipos e gelinho para a gente se refrescar e dar um adeuzinho a essa sensação desgradável. Tem gente que não se aguenta mesmo! - Só não suje o deserto com sua latinha, ok?

Essa parada é providencial, pois podemos beber, nos refrescar e esticar as pernas para andar no deserto. Nesse momento, eu fiquei encantada de uma vez por todas com o passeio. Eu pude caminhar por longos minutos - sem me afastar da caravana - e admirar toda aquela beleza: os desenhos que o vento esculpe na areia, o dourado que ela possui lembrando ouro em pó, aquele horizonte que não tem mais fim e o sol de companheiro.

Por falar em parada, vou dar uma pausa nesse post porque tenho mais coisas para contar sobre o Desert Safari. Aguardem a sequência do próximo Tour!

(Fotos: Internet e Arquivo Pessoal)